Prosa de Compadre

Alexandre Andrade / Ronaldo Sabino

Água já tá ferveno
Vamo chegá irmão
Mais que visita boa
Carece um café no rabo do fogão


Seus menino tá bão? Cume que vai a muié?
Já deve ter parido
Já tem muito tempo que não vejo Isabé
Puxa logo cadeira vamo nóis prusiá
Se quisé uma branquinha tá atrás da muringa
Acabei de guardá


Viu só o Donizete, o Tião veio me avisá
A ursa suforô, coitado não aguentou
E no céu foi morá
Presta o canivete pra mode fumo eu picá
Caça aí no balaio uma paia fininha pra nói doi fumá


Êtá chuva mansinha antionti caiu
Tava bem pricisando inté a prantação
Parece que sorriu
Dês que Joana foi embora felicidade partiu
Só vivo matutano, tocano viola e oiano pro rio

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