Disszessete

Pareço até um pouco depressivo
Mas do que me falta de juízo
Sirvo pra incomodar
Igual meu dente siso
Falsos poetas
Deixo em reta e dou um tiro
Faço nascer um dia lindo
Desencarcerando sonhos
Transponho toda a glotologia
Voltemos ao tempo, onde pensamento era só matéria
A coisa tá séria
E é sério, seu estado mental
Nunca será algo banal
Viver de aparências
Não devia ser normal, men!
O mal se embriaga em nossos erros
E o desfecho
A passagem tá fechada
Lágrimas de fel
Réu grita em pranto no portão
Em vão, clama por oração
Mas não tá mais em condição
Então a luz que ilumina
Se torna a imprecação, irmão!
E pra você eu digo
Mesmo incutido por líbido
Aye cê não tá sozinho, porra!

Berço esplêndido, vendido, trocado
Preço foi baixo, agora é de plástico
Todo sentimento é fardo, fato
Descalço, frágil
Pés no chão para mim
Sempre soaram algo tão falso
E o barato das ruas, meu mano
Sempre custam caro
A justiça além de cega
É surda, muda
A realidade é nua e crua
Vários gilmar mendes fazem dela prostituta
De tanto passar pano
Acabou rasgando
E são sempre vidas inocentes
Que acabam levando
Aqui é o certo
Papo reto
Se faz curva
É arabulca
Saio de perto!
Nego!
Pois eu na rua tô esperto, fih
Aquele que me abraça
Talvez seja quem me lança
Ao inferno
Fica quieto
Pois o dialeto do diabo
É igual dos "homens"
Que se escondem
Por detrás de sobrenomes
Acha que é livre?
A digital restringe
E cê persiste
Nega tudo até onde mesmo te aflige, men
Suba a superfície, vá men

Suba a superfície vá, men

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