Censura
Na porta ao lado, vizinho meu,
Guerra, angústia, dor e sofrimento
Entre vivos e mortos
Que nunca esquecerei desse momento
Vejo tudo o tempo todo sem razão pra viver
Queria esquecer o medo e ser feliz
Que toda esta censura venha como um projeto meu
Que a vida prevaleça no final
Eu que me encontro tonto, zonzo toda vez que me quiserem falar
Eu que assumo e sumo com as respostas que me fariam parar
Eu que faço dessa vida um livro escrito à mão pronto para se acabar
Eu armado ate os dentes frente a frente com um perigo à minha altura
Eu que não me arrependo de ter dado voltas em qualquer lugar
Eu que queria tudo o que essa vida tola não podia me dar
Eu que desconfio aos poucos deste mundo sem razão
Ainda eu que digo sim aos homens brandos, brancos, negros, índios, brasileiros