Marta, Marta
Bruno Albuquerque / Silvestre Kuhlmann
Passando jesus por uma aldeia
Viu certa mulher chamada marta
Que disse: "meu bom mestre, não partas
Entra pela porta, espera a ceia."
E ela, cercada de serviços
Os braços da irmã vê, omissos,
E pergunta ao mestre: não vês?
Pede que me ajude! nada fez!
Marta, marta, estás afadigada
Em tantos trabalhos distraída
Ansiosa pela sua vida
Dando voltas em torno do nada?
Tu te sentes sozinha e traída
Melhor escolher a boa parte
Que não lhe será subtraída
E é bem mais que casa e que comida
Isto descobriu hoje maria:
Uma coisa só é necessária:
Assentar-se aos meus pés, atenta
A ouvir minha voz que acalenta.