Nascer do Alto
Antonio Carlos Santini / Silvestre Kuhlmann
Nascer do alto, no mais fundo espanto
Cegado pela Luz que tudo aclara
E mergulhar no Azeite que me sara
E as lágrimas adoça do meu pranto
Nascer do alto é renascer, enquanto
Cessa a angústia mortal que me afogara
E o deserto areal se faz seara
Fertilizado pelo Orvalho santo
Nascer do alto é respirar na alma
O sopro suave dessa Brisa calma
Que não se cansa nunca de soprar
E, abrindo mão de todas as certezas
Ser arrastado pelas Correntezas
Até o azul de um infinito mar