O Rico Insensato
Silvestre Kuhlmann
A fazenda do homem rico
Produziu com abundância;
E ele disse pra si mesmo
Por não ter por perto amigos:
“Derrubarei ‘meus celeiros’
E farei outros maiores
Para por ‘meu cereal’
E dar descanso à ‘minh’alma’.”
Tu não tinhas armazéns
Na boca dos que tem fome?
Não vês que tudo o que tens,
Alma, cereal e bens
Foi-te emprestado por Deus
E com ele estás em falta?
Louco! Saibas que esta noite
Pedirão a tua alma
E o que tens preparado,
Nas mãos de quem ficará?