Mágoas de Um Trovador
Vai alta a noite
Nada resta do dia que fugiu
A natureza ao ouvir o meu queixume
Maliciosa, encheu-se de ciúme
Sabendo que dormias, também dormiu
Somente a Lua, que é amiga
De quem ama e canta trova
Brilha no céu, no auge do esplendor
Mais uma prova
Que a Lua nova
Nunca esquece um trovador
E sempre a velha Lua a incentivar
Aqueles que querem cantar
Para os ouvidos de alguém
Vejo as estrelas cintilantes e serenas
Nos jardins vejo açucenas
E em tua janela, ninguém
Desperta, oh querida e ouve a prece
Que, terno, te oferece o pobre peito meu
Abre a janela e vem ouvir o teu cantor
E manda ao menos, por favor
A graça de um sorriso teu