A Cocaína

Sinhô

Só o vício me traz
Cabisbaixa me faz
Reduz-me a pequenina
Quando não tenho à mão
A forte cocaína

Quando junto de mim
Ingerida em porção
Sinto só sensação
Alivia-me as dores
Neste meu coração

Ai, ai és a gota orvalina
Só tu és minha vida
Só tu ó cocaína

Ai, ai, mas que amor purpurina
É o vício arrogante
De tomar cocaína

Sinto tal comoção
Que não sei explicar
A minha sensação
Louca chego a ficar
Quando a sinto faltar

Esse sal ruidoso
Que a mim só traz gozo
Somente de olhar
E para esquecer
Eu começo a beber

Quando estou cabisbaixa
Chorando sentida
Meio entristecida
É que o vício da vida
Torna a alma perdida

Louca hás de voltar
Vendo-me estrangular
Para o vício afogar
Neste toque fugaz
Que me há de findar

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