Luzes na Estrada

Vejo luzes na estrada
Na sombra da madrugada
Deixei a cidade dormir
Que a noite sabe mais de mim

Levo-me a casa
Faço do frio roupa pra amanhã
E guardo uma estrela pra mim

Porque também a sombra conta
Que a luz a encontre pronta
Para existir

Diz-me se foi tudo miragem
Não sei
De uma viagem
Onde ninguém
Sabe onde acabam
As luzes na estrada

Eu já não sinto nada
Eu sei
Deito-me na cama
Onde ninguém
Sabe onde acabam
As luzes na estrada

Passa-me a aragem pelos cabelos
Limpa-mе a imagem que eu guardеi de mim
Isento assim do negro que eu tento esconder

Escrevo em prosa sobre os meus medos
Em letra curta e grossa eu dito o meu fim
Porque eu não li
As palavras de rodapé

Dá-me luz que o tempo me há-de cuidar
Livrar do medo de me aprisionar
Dar-me ao relento que parte de curar
É desejar ser curado

Dá-me luz que o tempo me há-de cuidar
Livrar do medo de me aprisionar
Dar-me ao relento que parte de curar
É desejar ser curado

Dá-me luz que o tempo me há-de cuidar
Livrar do medo de me aprisionar
Dar-me ao relento que parte de curar
É desejar ser curado

Dá-me luz que o tempo me há-de cuidar
Livrar do medo de me aprisionar
Dar-me ao relento que parte de curar
É desejar ser curado