Hipóteses, Telhas, Pandas, Ovelhas
Quanto tempo tem a sua insônia?
Que temas te mantém tão aceso assim?
Qual perspectiva de repouso enfim?
Na sua mente o problema ronda
Há em meio à divergência solução?
Se o Brasil não fosse uma colônia
Se os homens fossem um pouco mais sãos
Eu dormiria mais tranquilo
Buscaria meu abrigo em cima do colchão
Pensar me mata de antecipação
Projetar contextos hipotéticos
Se achar patético
Franzir as sobrancelhas
Contar ovelhas pra não desabar as telhas
Que caem sobre minha cabeça
Me impedindo de dormir
Como eu cheguei bem neste ponto?
De que é feito o nó que me prende a você?
Já lhe vi perdida nos meus sonhos
Em que armadilha lhe deixei prender?
Eu me reviro impaciente
Giro o corpo, ranjo os dentes
Esquento o colchão
Você se fere com as próprias mãos
Muito mais que implicância ou tédio
Qual o remédio que resgata madrugadas
Quantas perguntas se respondem em alvoradas
E quantas te atribularam sem te deixar responder
Presos juntos com nossos demônios
Conspirando formas de se desprender