Sob Os Olhos da Gárgula

Lucas Oliveira “Duende”

É o retrocesso no processo de explicar
Que melanina não julga caráter
E toda ausência de reação popular
Vira piada nesse fim de tarde
O aval foi dado nas roupa que cê veste
E no jeito incomum de se expressar
Percebi na sombra da foice que desce, forte
E executa até quem nem pôde tentar

Tá manipulada por quem insiste em esconder
O passado herdado do senhor dе engenho
Enfermidadе é o treinamento pra sofrer
E garantir que cê nunca escape do seu desempenho

É que já tão retaliando a educação
Porque em Facebook ta sobrando professor
Formados pelo "sim" e pelo "não"
Atrás de teclas olhos cheios de rancor
E fala que é a favor da vida e contra o aborto
E o papo torto de que "bandido bom é bandido morto"
Mais de 500 anos sem entender
Que esse lote de terra não pertence a você

Quem não deseja a guerra, nela vai vencer
Governo joga merda, e não é da que faz crescer
Eu não tô pra me render, não
Porque a vitória deles é me ver perder

Pressa na impressão de papel cédula
Gárgulas, observando o efeito capital
Insignificantes seres e células
Incentivando o ego, perdendo o essencial
A Guerra Fria nunca chegou no final
Entre satélites, telas e armas de fogo
Gelo que não derrete no aquecimento global
Tamo na ponta do iceberg e no fundo do lodo
Vivemos tempos na revolução dos bichos
Na selva porcos levam ratos no corró
Leões são mortos todo dia em meio ao lixo
E serpentes reinam, dentro de paletós

(Refrão)
Vê se compensa é muita treta irmão
Noites perdidas sem descanso e não
Não... tem quem faça isso voltar atrás
Vários desiste, eu tô querendo mais

(Mas) sou... quente como o sol derretendo pessoas frias
O inverno dura muito mais pra quem tem medo
Rebelião é pelos meus e pelas minhas
Que é pra honrar cada fração que tem no peito

Sorriso falso, pela farsa, tá eleito
Cenário estadual é digno de Dó...ria ahh
Queiroz querendo que houvesse outro suspeito
Eu quero é fogo pra varrer eles da história ahh

São sete mares tão sujos, pique minha mente
Ambientalista da alma eu vim reciclar
Enquanto empilham suas pilhas de entorpecentes
E tu trabalha pra ter grana pra comprar

Tantos olhares julgam flores sem pudor
Já imaginou se elas que pudessem salvar
As vidas que essa hipocrisia carregou
Só mais intolerância pra nois se afastar, loco

A cada dia, mano, nasce um novo Hitler
Eu trampo noites, pra fazer nascer Mandelas
Manda ela vir que hoje eu acordei no pique
Beat do Brum eu solto as linhas mais sinceras!

Tô vendo vários querendo virar guerreiros
Caso o contrário são covardes
Outros querendo virar reis pra ter sossego
E esquecem o peso da coroa nos seus calcanhares

Tem que tá vendo, não é qualquer um que aguenta
"Caverna de Platão" só sai quem quer buscar
Fugir do monstro de pedra q tudo engole
E levar consigo quantas almas puder carregar

(Refrão)
Vê se compensa é muita treta irmão
Noites perdidas sem descanso e não
Não... tem quem faça isso voltar atrás
Vários desiste, eu tô querendo mais!

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