O Bêbado e a Equilibrista
Aldir Blanc / João Bosco
Caía a tarde feito um viaduto
E um bêbado trajando luto
Me lembrou carlitos...
A lua
Tal qual a dona do bordel
Pedia a cada estrela fria
Um brilho de aluguel
E nuvens!
Lá no mata-borrão do céu
Chupavam manchas torturadas
Que sufoco!
Louco!
O bêbado com chapéu-coco
Fazia irreverências mil
Prá noite do brasil.
Meu brasil!...
Que sonha com a volta
Do irmão do henfil.
Com tanta gente que partiu
Num rabo de foguete
Chora!
A nossa pátria
Mãe gentil
Choram marias
E clarisses
No solo do brasil...
Mas sei, que uma dor
Assim pungente
Não há de ser inutilmente
A esperança...
Dança na corda bamba
De sombrinha
E em cada passo
Dessa linha
Pode se machucar...
Azar!
A esperança equilibrista
Sabe que o show
De todo artista
Tem que continuar...