Catalepsia
A tarde ecoa o silêncio na sala
As luzes se distorcem
A sensação do que está por vir
Breve não estarei aqui
Corpo imóvel, olhos vidrados
Aos poucos o tempo para
Levitando pra fora de mim
Com o vento, me deixo fluir
A consciência, voltando ao real
Quase normal, percebo os sons do quarto
E embora acordado, ainda imóvel, ainda sem voz
De olhos fechados
Como se o próprio ar me fizesse sufocar
Num espasmo finalmente acordar
Incrédulo, tentando compreender
Não dá pra negar
E o medo me devora
Ainda nem sei se foi só um sonho
Incerto do que é real
E se acordando, estou em pleno sono
Subconsciência