Marreta do Desprezo
Meu Deus é muita pancada num peito só
Minha vida não é vida é uma tormenta
A marreta do desprezo é tão pesada
A pedreira do meu peito já não agüenta
Martelo do desengano
Está na mão da paixão
Bate o prego da saudade
No meu pobre coração
Nas portas da falsidade
Me amarrei de pé e mão
Nas grades do sofrimento
Só recebo solidão
Há muito tempo estou preso
Na ilha da judiação
De um lado só tenho mágoa
Do outro desilusão
Pelas mãos da hipocrisia
Fui levado ao paredão
Para ser executado
Com balas de ingratidão