A Morte do Carreiro
Isto foi no mês de outubro regulava o meio dia
O sol parecia brasa queimava que até feria
Foi um dia muito triste só cigarra que se ouvia
O triste cantar dos pássaros naquelas matas sombrias
Numa campina deserta uma casinha existia
Na frente uma paiada onde a boiada remoia
Na estrada vinha um carro com seus cocão que gemia
Meu coração palpitava de tristeza ou de alegria
Lá no alto do serrado há sua hora chegou
O carro tava pesado e uma tora escapou
Foi por cima do carreiro e no barranco imprensou
Depois de uma meia hora que os companheiros tirou
Quando puseram no carro já nem podia falar
Somente ele dizia tenho pressa de chegar
Os companheiros gritava numa toada sem parar
Já avistaram a taperinha e as crianças no quintal
Os galos cantaram triste ai, ai, ai, ai
No retiro a donde eu moro ai, aí, aí, aí
Já levaram ele pra cama não tinha mais salvação
Abraçava seus filhinhos fazendo reclamação
Só sinto estes inocentes ficar sem uma proteção
Fechou os olhos e despediu deste mundo de ilusão