Kavalo de Tróia
Uma colher de cada vez não te atropeles
A circulação é perfeita por defeito
Não tentes acompanhar o movimento cavaleiro
Se eu fosse a ti
Deixava-me ficar no estaleiro, junto à palha
Uma colher de cada vez não te atropeles
A circulação é perfeita por defeito
Coice arterial é sempre válido
Raça: puro sangue lusitano
Mano cavalga na alma do puritano
Há quem salte para abismos
Há quem finja que há sismos
E desequilibra-se para vícios
É o mais fácil: entropia abandono
Sono de quem já dormia com um g'anda corno
Q'esta vinda anda a pôr-me
Luz, câmera, acção: Sangue actor de gun à mão
Revólver na boca
Este pesadelo sonha-me vezes sem conta tento
Olhar sem ambição mas este é meu para sempre!
Este é aquele Natal que
Não ardeu de presentes
Eu de caduceu p'a frente
Torto com os meus dentes todos cuspo na boa
Ele entra no teu castelo
Oferecido pelo teu maninho
Faz-te conhecer um Eu "marinho" na
Forma como metes água
Porque ele tem um ventre metálico
E o teu mundo é nada quando
Tu és só restos de mágoa podre por dentro
Nem o elixir da vida te salva o hálito
É demente, esta forma de dar espectáculos
Quando a vida é nada e
Um gajo nada em aplausos
O carocho tomou-lhe a boca: corte no lábio
Não é cieiro mas este frio por dentro
Ya, olha o vírus pirata intravenoso
Mitra venenoso convida o tenebroso para a
Lava e diz que hidrata
Aos poucos destrói a mente do
Carocho de Tróia benze
Antes de seres engolido pela jibóia dentro
E o sufoco também sentes?
Cada chuto é golo do próprio redes
Sócio, mentes se dizes que
Não gostas da viagem
Que desata o nó dos dedos
Há quem lhe chame heroína
Na verdade não a conheço
Mas a história deve ser outra
Mesmo com um nome desses
Mas há quem diga que é bom meter
Uma agulha achada num palheiro
Num mano que acabou de morrer
A vida é caos mordo quem?
Hoje morro longe como cães
Diabo é todo 'sbem e está-se a
Masturbar a olhar p'ra mim
Língua triangular e a trilhar caminho
Enquanto eu cavalgo, ele aplaude sozinho
Vem ter comigo quando eu
Estou mau de pozinhos estou mal dos ouvidos
Rápido despache da minha vida
Vida é rock progressivo com
Ácido debaixo da língua
Invadiram o meu castelo de carne
Vida vê-me como um pastel de carne
Elo do Karma, belo do Dharma
Dá-me cara, dente amarelo
De barba nos perdidos e achados
Cadáver com buracos na alma
Pelo cavalo de Tróia medicação: equitação
Meditação é quando o meu corpo bóia
Em que eu não sinta o chão só paranóia
Degeneração óbvia