Malandro É Malandro, Bezerra É da Silva
Hoje o meu canto é imortal
Verde tá no sangue rosa no coração
Sonho é brilhar no carnaval
Malandramente Lins Imperial
Morro de amores, meu lugar
Canta galo ao amanhecer
Lá bem do alto dá pra ver
Um novo dia despertou
Nessa cidade dividida, lá vou eu
Imaginária linha da realidade
Do lado de lá, um mundo quase ideal
Do lado de cá tudo tão desigual
Na minha favela, eu desço a ladeira
Não tô de bobeira, malandro não é mané
Pego no pesado, dinheiro suado
Nada abala a minha fé
Quem desce pro asfalto
Do alto tem outra visão
Parece até que embaixo só tem gente fina
Quem paga a propina?
Quem é o vilão?
Nos acordes, vai
Um samba feito com amor
Que enverga e não quebra
É duro na queda, é comunidade sim senhor
Prazer, sou só mais um Silva
Na escola da vida me fez professor
Prazer, Bezerra da Silva
A voz que o sambista eternizou