Afrologia Tradição e Memória
Quando uso minha arma
Não me acontece nada
No Engenho em madeira
Joguei minha capoeira
Toquei um São Bento Grande pra festa do Jalará
Idalina e Benguela, jogei o meu Pé Pro Ar
Fui na beira da Maré pra lavar meu patuá
Pra dançar minha Muzenza na Senzala e no Quilombo Calabar
Ê Zumbi, (Esquiva Menino) ê Zumbi (com Energia)
Zambiacongo te chamou por aí
Gangazumba te chamou por aí (chama os guerreiros) ê Zumbi – (Obìrì Dùdù)
Olhe o nêgo, Nêgo Nagô que se livrou do Cativeiro
Olhe o nêgo, Nêgo Nagô que se livrou do Cativeiro
Lei Áurea
Fez Vadiação lutou no Navio Negreiro
Capoeira é luz é Raça do Barro Vermelho dos Kilombolas
Arte Viva de Urucungo dos Bantos Malongos de Angola
Arte e Corpo e Movimento das Raízes Negras do Dendê
É o clarão da Lua Branca em Luanda no Gueto de Camugerê
Afrologia da vida da tradição e memória
É a Mandinga da Iúna que Esquiva da Abolição
Pra pisar no Barro Preto Palmares é a Expressão
O Mundo inteiro já sabe capoeira é comunicação
Tá na Consciência Negra nos Toques de Berimbaus
Na Ginga dos Filhos da Bahia dos Filhos de Oxalá
Tá no Cordão de Ouro de Besouro Mangangá
Tá no Batuque da festa na dança do Omuayê
No segredo das palhas das flores do Sambuê
No Balafon do Oriaxé do Kirubê
Kirimurê, Agbara, Gangara deram sinal, quando o Farol da Bahia iluminou a Clareira da Mata, os ruídos do Batuquegê do Berimbau Viola transformou em Corrente Libertadora o Besouro Preto. Que com suas Mutações e Missões Capoeira, fizera do Pavão Dourado e dos Gaviões da Lua nossa Defesa e Ataque Renascer. Os Anjos de Angola como Filhos da Liberdade e Amantes da Regional, convocaram a Nação Capoeira e entre armada, Chapéu de Couro e rasteira a Alegria do Mestre Canjiquinha se traduzia como um Afro Bahia Diamante Negro dos ares. E assim, o aroma do perfume Topázio, negramente, se espalhou como uma Águia Dourada no mar de Stela Mares. Tonho Matéria