Do Pó às Cinzas

Ya ah não há moral presente
Do pó às cinzas

Do pó às cinzas das cinzas ao pó
Renascido ou apagado pelo tempo
A luz brilha e o brilho vem de um farol
Que te guia e desvia ao mesmo tempo

Do pó às cinzas das cinzas ao pó
Renascido ou apagado pelo tempo
A luz brilha e o brilho vem de um farol
Que te guia e desvia ao mesmo tempo

Quem és tu a afundar-te no abismo
Ou a ressuscitar das cinzas
Gabriel e Cristo dão-te as boas-vindas
Nesta paragem abundam almas perdidas
Calmas como águas paradas movediças
Cada pegada é perigosa parece pólvora
Pôr o pé na poça é pôr o pé na cova
Sai forte do confronto esperando
Que ele abrande
Onde o conforto é como no filme do Timberlay
Como anéis chegando à sala árida
Onde reis dão anéis para beijares a barbárie
Acabam no nível seis daí para lá é só
Discutirem e alimentarem os seus preconceitos
Viver à pala será sempre de alguém
Uma pessoa fraca meio que está em desvantagem
No meio disto
Quem és tu? Com que te identificas?
A afundar no abismo ou
A ressuscitar das cinzas

Do pó às cinzas das cinzas ao pó
Renascido ou apagado pelo tempo
A luz brilha e o brilho vem de um farol
Que te guia e desvia ao mesmo tempo

Do pó às cinzas das cinzas ao pó
Renascido ou apagado pelo tempo
A luz brilha e o brilho vem de um farol
Que te guia e desvia ao mesmo tempo

É certo que nasces agora mais desperto
Aborreceste-te só para dizer o que acontece
Eleito o melhor escravo voluntário
Sempre teve quase a ver a fénix no seu auge
Mas criou-a desde baixo
Claro que quando sobe quer ser
Livre e pousa noutros braços
Trabalhadores com tempo gasto faz o bebé
Esquece do que dele se faz
Desta água bebo até aprender em pé me render
Um velho 'tá a ver diz me só
Que isto assim não pode ser
Do pó que sou à cinza que
Eu serei sem a vossa ajuda
Meto a pata na poça, tá lá a minha turma
Cair sabe bem enquanto a causa for justa
Tudo sai pela traqueia é por
Aqui que eles me executam
Até ver ficam, o que eu vejo desliga-se
Transformam-me em cinza quando o pó irrita
Faço parte da história que poucos verificam
Não há moral presente a luz volta à
Cinza com o passar do vento

Do pó às cinzas das cinzas ao pó
Renascido ou apagado pelo tempo
A luz brilha e o brilho vem de um farol
Que te guia e desvia ao mesmo tempo

Do pó às cinzas das cinzas ao pó
Renascido ou apagado pelo tempo
A luz brilha e o brilho vem de um farol
Que te guia e desvia ao mesmo tempo

Vida é praxe, ciclo de quem morre e nasce
Nasce e morre
Se eu cá volto eu não me enforco
Olha o que eu fiz
Um asilo do meu país à base de porcos e nazis
E eu vou só da cana ao pó
Do pó à cana do nariz
Retorno à matriz só para ver como sorris
P'o teu reflexo no verniz
Onde te mentes e és feliz
Fui só um aprendiz quis amar por aí a divagar
Cometer erros e matar, e vivi por um triz
Cariz hoje é Paris, aqui dificilmente ris
Quis brincar aos MC's pulverizar os wannabes
A cuspir desde a raiz
É assim que eu elaboro e
Apareço coberto em cinzas estilo Aghori
Junto e misturado, uma vez moldado arte
Se feitos do mesmo barro que mais
Cedo ou mais tarde parte-se
Tu não julgues a morte que tanto precisas
Pois como eu também brotaste num
Solo fertilizado a cinzas
Embora não o sintas e te mintas tu vais

Do pó às cinzas das cinzas ao pó
Renascido ou apagado pelo tempo
A luz brilha e o brilho vem de um farol
Que te guia e desvia ao mesmo tempo

Do pó às cinzas das cinzas ao pó
Renascido ou apagado pelo tempo
A luz brilha e o brilho vem de um farol
Que te guia e desvia ao mesmo tempo

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