Mãos Calejadas
Rasgando o seio da terra
De arado e juntas de bois
Para assim logo depois
Seguir lançando a semente
E o tempo dali pra frente
Fará brotar seu sustento
Com o celeiro a contento
Passou por cima da guerra.
É um guerreiro na trilha
Que ultrapassou cada dia
Com tristeza ou alegria
Manteve os pés no chão
Com a força de cidadão
Nunca cede ao fracasso
Tira na força do braço
O sustento da família.
Produz a cabo de enxada
Num recinto até pequeno
Várias plantas sem veneno
Pra garantir a saúde
No rancho, paz e atitude
Onde impera a fartura
Colono tem alma pura
E suas mãos calejadas.
Mora lá no interior
Com sua simplicidade
Ele abastece a cidade
Começa segunda-feira
Leva produtos pra feira
já tem o comprador certo
Terra não vira deserto
Com esse trabalhador.