Matei

Vicente Celestino

Senhor delegado,
Eu sou um assassino,
Entrego-me à prisão,
Cumprindo o meu destino.

Estou arrependido,
De praticar o crime,
Deixa que lhe descrevo,
Senhor, como perdi-me.

Um dia apareceu,
Deitada à minha porta,
Uma mulher doente,
Faminta, quase morta.

Tratei-a com carinho,
Tornou-se tão bonita,
Foi minha companheira,
E hoje é minha desdita.

A ingrata me fugiu,
Não soube mais vencer,
Tornei-me até ladrão,
E dei para beber.

E quantas, quantas noites,
Ao me apertar o sono,
Dormia nas sarjetas,
Tal qual um cão sem dono.

E ela vinha em sonho,
Buscar-me com carícia,
Quando era despertado,
Nas garras da polícia.

Farto de sofrer,
Fui procurar o amigo,
Como último recurso,
Fui lhe pedir abrigo.

Negou-me, disse ainda,
Jamais o conheci,
Virou-me, deu-me as costas,
Quando uma voz ouvi.

Reconheci ser dela,
Na casa à força entrei,
Matei o falso amigo,
E a mulher que amei.

Estou arrependido,
Não terei mais conforto,
E desde aquele instante,
Eu sinto que estou morto.

Wissenswertes über das Lied Matei von Vicente Celestino

Auf welchen Alben wurde das Lied “Matei” von Vicente Celestino veröffentlicht?
Vicente Celestino hat das Lied auf den Alben “Em Suas Canções Célebres” im Jahr 1957 und “Vicente Celestino Em Sua Canções Célebres” im Jahr 2001 veröffentlicht.

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