Porque Eu Fui Poeta

Catulo da Paixão Cearense / José Lourenço Viana

Não há dor que sangre mais
A devoção do coração
No negror da cruz que ingratidão
Toma a tua que não tem perdão
Eu te juro sem temor
Que tu não me tens amor
Não me tens amor, bem sei
Eu te juro e jurarei

Tu sorris por que razão
De mim sorris?
No jardim do coração infeliz
Um buquê das minhas lágrimas, fiz
Já te dei as rosas em que
A minh’alma achei
Se são flores lacrimosas
São as rosas d’almas
Que eu por ti chorei

O beijinho da traição
Eu dei em ti talvez cruel
Só porque cerraste o coração
Transformou-se em um jasmim de fel
Beijo dado sem amor
É o licor de mais travor
Sem perfume e sem valor
Beijo assim não tem odor

Se tu tens de me esquecer
Por que viver?
Diz, ordena como hei de morrer
E as vontades tuas hei de fazer
Mas um beijo com prazer
Tu tens de dar
Quero após o beijo dado
Nele sepultado e nunca mais beijar

Fui poeta sem querer
Só para te obedecer
Tu não tens, não tens temor de Deus
Pois sorris dos pobres versos meus
Vem um dia a compaixão
Desta genuflexão
Fui poeta sem querer
Fui e sou e hei de ser

Wissenswertes über das Lied Porque Eu Fui Poeta von Vicente Celestino

Wer hat das Lied “Porque Eu Fui Poeta” von Vicente Celestino komponiert?
Das Lied “Porque Eu Fui Poeta” von Vicente Celestino wurde von Catulo da Paixão Cearense und José Lourenço Viana komponiert.

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