Nau Catrineta

Romanceiro J. Leite De Vasconcelos

Lá vem a Nau Catrineta, - Que me tem muito que contar;
Sete anos e um dia - Sobre as águas do mar.
Já não tinham que comer, - Nem tão pouco que manjar,
deitaram sola de molho - pra no domingo jantar;

A sola estava tão dura, - Não a puderam tragar.
Ditam sortes à ventura - Qual haviam de matar.
A sorte caiu em preto, - No tenente-general.
- Sobe, gajeiro, assobe - áquele mastro real,

Vê se vês terras d´Espanha, - Areias de Portugal.
Palavras mão eram ditas, - Gajeiro caiu ao mar;
Por milagre de Maria - Gajeiro tornou ao ar.
- Já vejo terras d´Espanha - E areias de Portugal,

Também vejo três meninas . Debaixo dum laranjal.
- Todas três são minhas filhas, - Todas três tas hei-de dar
uma para te vestir, - Outra para te calçar,
a mais bonita delas - Para contigo casar.

Não quero as vossas filhas, - Que lhe custa a criar,
Quero a Nau Caterneta - Para no mar navegar.
- Nau Caterneta não ta dou, - Que é d´El Rei de Portugal.
Quando chegar a Lisboa - Logo lha vou entregar

Wissenswertes über das Lied Nau Catrineta von Vitorino

Wer hat das Lied “Nau Catrineta” von Vitorino komponiert?
Das Lied “Nau Catrineta” von Vitorino wurde von Romanceiro J. Leite De Vasconcelos komponiert.

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