Coração em Pólvora
Eu decidi parar a chuva, eu passei os dias neutros
Eu bebi do seu sangue, brindei o seus tormentos
Mas tenho que dizer que de nada vale a vida
Sem ter o que dizer sobre como vale a vinda
De seu brilho em minha casa, seus tiros disparados
Risos incontroláveis, remédios tarja preta
Um desejo na gaveta, um papel e uma caneta
Uma carta em desabafo, despedaços de verdade
Mas aqui nessa cidade. nem tudo é relevante
Mas aqui nessa cidade
E o motor desse gigante destruindo a paciência
Mas tenho que sair contemplar essa existência
E a estrada e a resposta com as sua condolências
Vou deixando tudo mais e partir sem resistência
Eu tenho chão em minha frente,e se quiseres vir comigo
Tenho alma para dois, tenho flores pro inimigo
Mas se quiseres vir depois tenho calma a te esperar
Vou jantar, agora, se nada mais me faz pensar em tudo
Então que venha a imensidão do seu coração... em pólvora