Manhãs
Um sabiá no seu galho
Uma gota de orvalho
Um gritar de tahã
Que me importa o sereno
Se meu mundo é pequeno
Tenho a terna manhã.
Tenho o coice do arado
O mugido do gado
O quero-quero gritão
Que me importa o suor
Quero um mundo melhor
E na mesa mais pão.
(Refrão)
Tenho um raio de sol
Tenho um riso guri
Não me falta mais nada
Nesta calma alvorada
Para andar por aí.
(Repete o Refrão)
Se eu não tenho mais tino
Se meu sonho é menino
Que me importa afinal
Que me importa este choro
Se me resta o consolo
De um clarão matinal.
Se as manhãs do meu tempo
Já não têm mais alento
Vou aguentando o tirão
Vou curando as feridas
Das manhãs desta vida
Que rebrotam do chão.
(Repete o Refrão 2x)
Não me falta mais nada
Nesta calma alvorada
Para andar por aí.