Missões Coloniais

Emílio de Souza, Wilson Paim

MISSÕES COLONIAIS

Sou um vasto chão vermelho, na costa de um grande rio,
sou a porteira que se abriu, quando o Uruguai dera vau;
eu sou a seiva do mate, do nativo legendário
que hospedou o missionário, no velho São Nicolau.

Eu sou o peão vaqueano, que abriu as primeiras trilhas
pra repontar as tropilhas, que povoaram este chão;
sou a flor rocha do ipê, que anuncia o fim do inverno;
sou esteio de puro cerne, sustentando a tradição.

Sou o índio e o imigrante, fundidos na mesma raça,
chamuscada de fumaça, forjada sobre o braseiro;
sou velho arado de boi, demarcando território;
eu sou o laboratório, do produtor brasileiro.

Eu sou a água da sanga, chiando numa chaleira;
sou a cuia galponeira, que passa de mão em mão;
sou o braço fraterno, retemperando a amizade;
eu sou a hospitalidade, da roda de chimarrão.

Sou o grito do sapucai, numa bailanta costeira,
sou o embalo da vaneira, num fandango do interior;
sou a tora de guajuvira, sou palanque, sou dormento,
sou peixe, sou alimento, na mesa do pescador.

Eu sou as flores do campo, a sombra amiga das matas,
sou os rios, sou as cascatas, brotando dos mananciais;
sou o berço da agricultura, que cada dia se expande,
sou o celeiro do Rio Grande, sou as missões coloniais.

Wissenswertes über das Lied Missões Coloniais von Wilson Paim

Wann wurde das Lied “Missões Coloniais” von Wilson Paim veröffentlicht?
Das Lied Missões Coloniais wurde im Jahr 2012, auf dem Album “No Aconchego do Mate” veröffentlicht.
Wer hat das Lied “Missões Coloniais” von Wilson Paim komponiert?
Das Lied “Missões Coloniais” von Wilson Paim wurde von Emílio de Souza, Wilson Paim komponiert.

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