Soldado Sem Patente
SOLDADO SEM PATENTE
Sentado ao pé do fogo
Bem no centro do galpão
O preto velho aquecia
A alma e o coração
Lá fora o vento gemia
Trazendo recordação
Na brasa o preto brincava
Pra acalmar a solidão
Da vida nada herdou
Foi filho de peão
Soldado de trinta e cinco
Farrapo deste chão
Os cabelos branquearam
Sem fazer parte da história
Soldado sem patente
Esqueceram suas glórias
Seu destino foi traçado
E pra sempre assim será
Quem não trouxer divisas
Dele o mundo esquecerá...
É a história que nos ensina
Entre tantas outras verdades
O homem só será lembrado
Pelos feitos registrados