Pela Janela
Chupa a laranja no pé sábia, joga a semente no chão
Pela janela o vento anuncia o tempo vai virar
E a lagosta vai sair da concha
Tensão, desconforto, frustração
Tempos difíceis nos fazem crescer
E nos despir de tanta distinção
Reconhecer o agora é sobre viver
Pela janela disfarço e reparo em quem quer me matar
Cheiro de chuva, os pássaros cantam, tentam me avisar
E a lagosta vai sair da concha
Tensão, desconforto, frustração
Tempos difíceis nos fazem crescer
E nos despir de tanta distinção
Reconhecer o agora é sobre viver
Vem subindo e até pode ser que algum dia eu queria descer
Em algum rio que vá me levar sem que eu precise escolher
Ser quem faz o caminho e decide por onde deve ir
Pelas ladeiras do bairro onde eu quiser estar, onde eu me encontrei
Vem ver queimar o céu por esses olhos teus
Vem pôr os pés no chão que a chuva umedeceu
Pela o meu sol não muda
Pela janela que dói lá
Pela janela onde os teus pais te chamam
Pela janela onde o pranto vai passar