As Porteiras
Felipe Freitas
Cada porteira tem sua história
Um causo, um chapéu, um cigarro, uma prosa.
Tarde na varanda olho a chuva passar
Perfumando a terra, passageira exemplar.
As estrelas vão pontuando a noite
São Jorge já vem acender a luz
Levanto a voz ao som da viola
Canto pra desamarrar o coração.
O jeito da gente se junta, cantando com força
Sentindo o tom no peito, na luz da noite azul.
A gente se melhora.
Não tenho mais aquela pressa
Vou acordar e ver o sol nascer
Alimentado por minhas raízes não quero mais me despedir.