Céu Da Minha Rua
No céu da minha rua da Alfama não chama
Nem prende as intenções às vezes nem a lua
Lá mora, embora lá chegue em seus clarões
Mutilados a telhados
Que se abraçam fraternais
E o céu da minha rua a lua, recua
Limita-se aos beirais
Com Alfama céu não rima
Porque sempre o céu é pouco
Quando olhamos lá pra cima
Mas o céu não nega o troco
Cá embaixo a quem se estima
Vai daí ser voz corrente
Que na Alfama toda a gente
Traz o céu no coração é feliz por natureza
Ninguém pede mais riqueza
Que saúde, amor e pão!