Verde pino, verde mastro

Não há flor do verde pino que responda
A quem, como eu, dorme singela
O meu amigo anda no mar e eu já fui onda
Marinheira e aberta!

Pesa-me todo este corpo que é o meu
Represado, como água sem destino
Anda no mar o meu amigo, ó verde pino
Ó verde mastro da terra até ao céu!

Soubera eu do meu amigo
E não estivera só comigo!
Que onda redonda eu era para ele
Quando, fagueiro, desejo nos levava
Ao lume de água e à flor da pele
Pelo tempo que mais tempo desdobrava!

E como, da perdida donzelia
Me arranquei para aquela tempestade
Onde se diz, duma vez, toda a verdade
Que é a um tempo, verdade e fantasia

Soubera eu do meu amigo
E não estivera só comigo

Que sou agora, ó verde pino, ó verde mastro
Aqui prantado e sem poderes largar?
Na mágoa destes olhos, só um rastro
Da água verdadeira doutro mar

Soubera eu enfim do meu amigo
E não estivera só comigo, em mim

Wissenswertes über das Lied Verde pino, verde mastro von Amália Rodrigues

Auf welchen Alben wurde das Lied “Verde pino, verde mastro” von Amália Rodrigues veröffentlicht?
Amália Rodrigues hat das Lied auf den Alben “Gostava de Ser Quem Era” im Jahr 1980 und “Segredo” im Jahr 1997 veröffentlicht.

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