Da Melhor Qualidade/Padroeira/O Sonho ão Acabou/Goiabada Cascão/Malandro Sou Eu
É por que meu samba é da melhor qualidade
De acordo com a maré vou cantando novidade
Meu samba é um barco de difícil de afundar
É bombardeado mas consegue se salvar
É forte aliado pro povo se libertar
Feliz quem tem o samba como um par, é por que
Meu samba resiste, insiste, renasce em fim
Rebate, combate, e abate o que é ruim
Ele ressuscita, agita e não faz motim
Por isso eu canto o samba assim, é por que
Meu samba não é um modismo que vem e vai
Meu samba enfrenta a fúria dos vendavais
Meu samba é uma tinta que mancha e nunca sai
Quem samba não esquece mais, é por que
Que santa é aquela
Que fica no alto da pedra tem a capela
É lindo o visual mas quem tem fé sobe na igreja
Por mais alto que seja
De joelho ou de pé
Santa Penha padroeira
No alto da pedreira
Santa Penha padroeira
No alto da pedreira
Santa Penha padroeira
Em cima da pedreira, nos abençoando
O povo subindo, pagando promessa
Lá no alto da colina
Ilumina o subúrbio da Leopoldina
Ilumina o subúrbio da Leopoldina
A chama não se apagou
Nem se apagará
És luz de eterno fulgor
Candeia
O tempo que o samba viver
O sonho não vai acabar
E ninguém irá esquecer
Candeia
A chama não se apagou
Nem se apagará
És luz de eterno fulgor
Candeia
O tempo que o samba viver
O sonho não vai acabar
E ninguém irá esquecer
Candeia
Todo tempo que o céu
Abrigar o encanto de uma lua cheia
E o pescador afirmar
Que ouviu o cantar da sereia
E as fortes ondas do mar
Sorrindo brincar com a areia
A chama não vai se apagar
Candeia
A chama não se apagou
Nem se apagará
És luz de eterno fulgor
Candeia
O tempo que o samba viver
O sonho não vai acabar
E ninguém irá esquecer
Candeia
O tempo que o samba viver
O sonho não vai acabar
E ninguém irá esquecer
Candeia
Onde houver uma crença
Uma gota de fé
Uma roda, uma aldeia
Um sorriso, um olhar
Que é um poema de fé
Sangue a correr nas veias
Um cantar à vontade
Outras coisas que a liberdade semeia
O sonho não vai acabar
Candeia
A chama não se apagou
Nem se apagará
És luz de eterno fulgor
Candeia
O tempo que o samba viver
O sonho não vai acabar
E ninguém irá esquecer
Candeia
O tempo que o samba viver
O sonho não vai acabar
E ninguém irá esquecer
Candeia
E ninguém irá esquecer
Candeia
Um dia, o Sérgio Cabral falou que o Dino do violão era
Goiabada-cascão em caixa, coisa assim muito rara
Então, pra nós agora, tudo que é coisa rara difícil de achar e boa
Virou goiabada-cascão
Goiabada-cascão em caixa é coisa fina sinhá
Que ninguém mais acha
Rango de fogão de lenha
Na festa da Penha comido com a mão
Já não tem na praça mas como era bom
Hoje só tem misto-quente
Só tem milk-shake, só tapeação
Já não tem mais caixa de goiabada-cascão
Goiabada-cascão em caixa é coisa fina sinhá
Que ninguém mais acha
Samba de partido alto
Com faca no prato e batido na mão
Já não tem na praça, mas como era bom
Hoje só tem discoteque, só tem som de clack
Só imitação, já não tem mais caixa
De goiabada-cascão
Goiabada-cascão em caixa é coisa fina sinhá
Que ninguém mais acha
Vida na casa de vila correndo tranquila
Sem perturbação já não tem na praça
Mas como era bom, Hoje só tem conjugado
Que é mais apertado do que barracão
Já não tem mais caixa de goiabada-cascão
Goiabada-cascão em caixa é coisa fina sinhá
Que ninguém mais acha
Segura teu santo, seu moço
Teu santo é de barro
Que sarro dei volta no mundo voltei pra ficar
Eu vim lá do fundo do poço
Não posso dar mole pra não afundar
Quem marca bobeira engole poeira
E rasteira até pode levar
Malandro que sou, eu não vou vacilar
Sou o que sou ninguém vai me mudar
E quem tentou teve que rebolar
Sem conseguir
Escorregando daqui e dali
Malandreando eu vim e venci
E no sufoco da vida foi onde aprendi
Por isso que eu vou
Vou eu vou por aí
Sempre por aí esse mundo é meu
E onde quer que eu vá
Em qualquer lugar malandro sou eu