Paradoxo da Abelha

Eu acordo todo dia e sigo em disparada
A noite é traiçoeira, ""cê"" não sabe o que ela guarda
Por mais que eu meta o pé, ainda sou uma Bis parada
Sendo perseguida pela Inteligência da Força Armada
É assim que eu me sinto quando eu quero algo
Ou melhor, quando eu to bem e me sinto em cima
Mas então vem a insegurança escalar o palco
E com a ansiedade vem e se senta em cima
Eu criptografo o meu fracasso com um código
Tic toc, hip flop, sou bomba relógio
Eu sou uma gangorra mano, eu subo com meu peso
Mas quando eu to subindo, ao mesmo tempo eu desço
É uma guerra constante com o sniper da vida
Ando no campo minado, sinto o calor da minha mira
É sem diálogo entre meus anjos e demônios
E o que me detém são meus fantasmas homônimos
Não atirar carreira, aspirar Arlequina
Pra te tirar desse poço, já não basta heroína
Me bate man, ou enfia essa seringa
Sou o comediante que ta farto do Coringa

Tudo que eu queria era ser normal
Mas eu convivo com um demônio que eu criei
Paro, penso e repenso, logo passo mal
Até quando ganhar, eu também falharei
Falha, me fala, ei
Quem falha, eu já sei
Seu rei canalha, eu matarei
Na vala, falharei

Não importa, minha mente é porta pra angústia
Quanto mais escalo, mais a gravidade puxa
Minha mente luta em outro continente, África
Me envenenando pra dormir pra sempre, eu ta na Ásia
Eu já não me enquadro no seu álbum de foto
Eu já cresci demais, sou baixo, me auto saboto
Me dizem que sou luz, eu me sinto amônia
Não basta ser luz nesse verão da Lapônia
Será que a mim mesmo eu nunca vou satisfazer?
Pra no final morrer e me transformar em adubo?
Será que eu sempre vou ser um relutante à mercê
Em busca de ser reluzente só por um segundo?
Vivo na escuridão, tenho fengofobia
Caverna de Platão? De minha autoria
Esconder é opção? Isso eu não diria
Mas se eu fosse lá fora esse medo me comeria
Sou dono do meu mundo? Não me parece como
Dominam o meu amor quando me chamam de mordomo
Eu era um dromedário cansado e com medo
Percebi o meu valor admirando um camelo e disse

Tudo que eu queria era ser normal
Mas eu convivo com um demônio que eu criei
Paro, penso e repenso, logo passo mal
Até quando ganhar, eu também falharei
Falha, me fala, ei
Quem falha, eu já sei
Seu rei canalha, eu matarei
Na vala, falharei

A mentira é que me sinto muito maior do que sou
Eu carrego o meu fardo pra onde quer que eu vou
Percebi há um tempo que minha sombra me deixou
Eu pisquei pro espelho e até ele ignorou
Escutar meus pensamentos é uma contra indicação 
Ouvir meus sentimentos é uma contradição
Me conta então, essa tola lição
De cometer aborto onde as doulas estão
Eu sou competitivo, mas de baixa estatura
Vejo uma oportunidade e acho que eu não to a altura
De verdade, eu nem sei como eu me aturo
Coração de papel e agindo como Arturo
Me sinto um kamikaze bem no alto desse morro
Sei que quando eu subir é também quando eu morro
Eu levanto vôo e nem sei pra onde eu vou
Mas sei que meu destino é deixar meu mundo low
Sempre vou ser o Nemo no meio do cardume
Eu sou o próprio sol achando que eu sou vagalume
Eu vou morrer no auge por aquele que se espelha
Em mim, bem vindo ao Paradoxo da Abelha

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