Heranças

Está chovendo, eu mateio, no meu galpão de espinilho
Alargo a mente de xiru andarilho e me perco a rememoriar
De adonde veio esta ansiedade xucra de mudar de trilho
E essa tendência braba de bandear rio cheio

Está chorando a cordeona nos baixos e nas ilheiras
E o mate amargo me fala de fronteiras, de lanças
De clarins e de choronas, do meu destino de guardião
Dessas bandeiras que foram glórias das querências chimarronas

Pingo, cordeona e chuva, três heranças que não tem dono
Nem sinal, nem marca, nem querência, nem comarca
Mas são meus fletes de tropear lembranças

Meu pingo está relinchando e se agrandam as retinas
Das inquietudes de xiru brasinas
Quando se lembra que viveu peleando
De parceria com este irmão de crinas
Hoje um pretexto pra morrer cantando!

Wissenswertes über das Lied Heranças von Jayme Caetano Braun

Wann wurde das Lied “Heranças” von Jayme Caetano Braun veröffentlicht?
Das Lied Heranças wurde im Jahr 1994, auf dem Album “Paisagens Perdidas” veröffentlicht.

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