Agarrada ao chão
Da árvore ao esquecimento
Vai um segundo, uma hora
Uma expiração do vento
Que vem do lado de fora
Entre a paixão e o sono
Vai uma hora, um instante
Como um desejo de Outono
Nos lábios do meu amante
Quem me dera o teu sorriso
Quando finjo que adormeço
Só p’ra esqueceres que preciso
Que precisas do que esqueço
Entre o cansaço e a raíz
Estão as chuvas de Verão
Que me deixam ser feliz
Vivendo agarrada ao chão
Passando a noite ao relento
Fiz da saudade um retiro
Que do mar ao esquecimento
Vai apenas um suspiro