Leve e em Paz
Mais, portões e mais portões
A atravessar, nas ruas por aí
Que apartam os quintais
Que cegam a visão
Das flores e das cores espalhadas no jardim
E eu passo a reclamar, e clamo por algum querubim
Mais, caminhos e caminhos
A seguir Nas margens de um rio
Que chama assim por mim
Com voz de mil clarins
Ecoa forte e claro, feito vento, um assobio
E chega sem pedir, e quero mesmo assim Digo sim
Nos cais da solidão
Nas sombras dos porões
É fácil lamentar, e desistir
E em casa, dentro em mim
Teu sol abre no fim
A estrada luminosa a se seguir
Se tua mão eu perdesse em meio ao caos
Em meio aos gritos
Em meio à multidão
Tua voz eu ouviria
E meu passo seria
Leve, leve, leve e em paz, meu Senhor