Eu
Como se fosse um véu
A noite caiu sobre a face gel
Em plena treva, um lampião
Quebra o silêncio da escuridão
Sou eu quem espero e ela não vem mais
Apascentar minha solidão
E esta vigília não tem mais fim
A noite, a dor e eu
Tento ler um jornal
Acendo um cigarro
Que horas são?
Eu ouço passos e corro a ver
Quero dormir, já não posso mais
Meu Deus, será que ela não vem mais?
Um gosto amargo ficou em mim
Entre cigarros, fumaça, a dor
A noite chegou ao fim
E amanheceu, esperança veio
De te ver chegar
De te ouvir dizendo, vim correndo
Vim gritar-te amor voltei
Mas eu sei, não vens mais