Vinte-e-Sete-Zero-Nove

Vera, irmã do Iberê
Morava em Madureira
Já quase nas breubas de Turiaçu
Casa de sopapo cerca de bambu
Mas um dia a Vera foi pra estratosfera
A bordo do avião azul

Avera, era dia de Erê, Ibeji nas paradas
27 de setembro eu tava lá
Me arrepio todo só de me lembrar
Num milhar cercado pelos 7 lados
E a Vera acertou no milhar

Desde esse dia ninguém viu mais a Vera
Tá lá pras esferas manhã de Paris, Cancún
Nunca mais me deu nem confiança, nem doce pras crianças
Pra Damião, Cosme e Doum

Vera, agrada os Erês, sacode essa poeira
Quem não tem quiabo não faz caruru
E a maré tá cheia de oju do urucu
Senão primavera, tu vai ver já era
Nem Angra nem Turiaçu

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