Na Mira
Eu na mira mirando a noite
Revirado no seu açoite a solidão
Eu mirando a mina dos ventos
Transtornado por seus tormentos
Em minha luz
Eu menino tornado adulto
Transtornado pedindo indulto o cobertor
Eu poeta implorando versos
Desdobrando esse universo tão sozinho
Eu no impasse de ser pessoa
Esperando que outra pessoa me conduza
Eu na mira da solidão
Eu no rastro da proposição querendo rumo
Vou no claro ou na escuridão
Vou seguindo o meu coração onde ele for
No seguro da mamadeira
Ou no perigo da ribanceira eu sou um só
Uma parte de mim reclama
Outra parte me põe na cama e faz carinho
Eu na prosa querendo verso
Ou na rosa do amor confesso a cicatriz
Eu movendo o berço do mundo
Ou misturado do que é imundo eu quero a vida
Eu no impasse de ser pessoa
Esperando que outra pessoa me conduza
Eu na mira da solidão
Eu no rastro da proposição querendo rumo
Vou no claro ou na escuridão
Vou seguindo o meu coração onde ele for
Eu no impasse de ser pessoa
Esperando que outra pessoa me conduza
Eu na mira da solidão
Eu no rastro da proposição querendo rumo
Vou no claro ou na escuridão
Vou seguindo o meu coração onde ele for