Vida de Negro

Xis, Rappin’ Hood, Hébano

Saiba você, meu passado muito aqui aconteceu
Ele nos contam a história que não ocorreu
Digo a verdade eles querem ocultar
(Pode crer Hood, querem ocultar)
Os avós contam coisas que você não acredita
E é por isso que eu toco em sua ferida
Você é negro e nunca, nunca vai mudar
(Nunca vai mudar não e vão não)
Vejo a mãe negra amamentando um bebê branco
Embalando a noite com seu triste canto
Pensando em seu filho que foi
Vendido para outro lugar outro lugar
Morre no tronco e se um dia reclamar
E o maltrato que era
Dado aos nossos ancestrais
O capelão o dia inteiro, a noite o alcatraz
Pensando assim numa forma da senzala fugir
Retornar a mãe África e nunca mais sair
E por isso aconteça o que acontecer
Sou negro sim, preto até morrer

Vida de negro, vida de negro
Vida de negro, vida de negro
Um dia tudo vai mudar
Vida de negro, vida de negro
Vida de negro, vida de negro
Que deve muito batalhar
Vida de negro, vida de negro
Vida de negro, vida de negro

Tio Ébano, vamo chegar

Hoje entre tranco, barrancos, barracos
Favelas policias, solavancos, vivo!
Eu e o povo preto descendente atuais
Dos escravos de tempos atrás
Só queriam pra nós
De hoje querem destaque vir
Ainda tentando fazer o preto
Existir e resistir (Diga ai mano)
Agradecimentos pelo sistema publico
Pros anjos, justiceiros com cocaína (crack)
Prosseguindo incessantemente ao ataque
Direta, ou indiretamente, através de um baque
Muito grande é o rancor, bem maior a dor
Eu garanto que não é este meu valor
Por favor
Pare de ironizar o que eu tenho a falar
E procure raciocinar
Pensar que ser preto brasileiro é o que há
E que é muita história pra se ignorar
Apesar do que aconteceu, acontece e acontecer
Hei, Ébano sou preto até morrer

Muito difícil pior que o vício, eu acredito
Um crucifixo, cabelo black, Jesus Cristo
Eu não desisto, por isso insisto, existir
Não estou só, não sou só pó, Xis
Mais um guerreiro na rima com auto estima
Pra vencer, convencer, jogar pra cima
Da um tempo na zique zira
Uma anistia enche de orgulho minha família
Que foi roubada e só, sequestrada e só
Aniquilada em tudo e tudo foi quebrada e só
Posso agora
No um dois do futebol passar a bola
Em verso e raiva
Contar a verdadeira história
Reativar, mostrar qual é que é, qual que pum
Qual que foi, qual é que pá
Cor purpura, Amistad revolte-se
Faça um prece vejo a lágrima desce
Meu coração aperta, sofro
Mas ai eu to no jogo pra vencer, reverter
R-A-P pra fuder preto até morrer

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