Eutanasia
[Verso 1:SEMDÓ]
Dias e dias se passam e esses remédios ja não dão efeito
Tempo corre lento e ao mesmo tempo eu ja não me lembro nada no momento
Tanto faz, talvez porque eu ja deixei de me importar
O terror é moradia pras minhas personas e ja socumbiu até o inferno chegar
Tudo isso se torna um perigo, meus atos são vistos
Os vicios nocivos me botam em risco
Na beira do abismo
Um demonio mistico, um assassino no escuro, aflito
Me encontro no inferno que a minha mente acoa...
Tenho flashs de lembranças que assombram meu passado e eu sei que nenhuma delas é boa
Tanto faz pra mim e talvez pra você, eu não tenho interesse em te conhecer
E se eu morrer? se foda você, não sinto importancia por que?
Não tenho respostas em anos de vida e eu sei bem que nunca vou saber
Não entendo minha mente que te quer ver morto e ao mesmo tempo cogita em morrer
[Verso 2:PEZT]
Cinza e negro - provável que você nunca vá saber
Emoções mortas - neurônio, neblina, um passo pra enlouquecer
Um traço, um trago, se passam as horas, trajeto pro abismo mental
Sufoca, rodeia, trancafiado no ciclo iminente já sei meu final
Abram as portas, deixem entrar, quero sair, desse lugar
Cabeça tomada - janela fechada me impede de respirar
Agonia, surto intenso, despersonificado eu me deparo com meu mal
Encaro os demônios que me observam, visão de um espectro, vulto abissal
E a cada dia que se passa eu só torço pelo fim de tudo
Retorço por dentro, distorço o real, um milhão de pensamentos em menos de um segundo
Niilismo impreterível, danos cerebrais e já não adianta
A imagem de deus jorra sangue do olho com a corda apertando a garganta
Eu sou a negatividade (e o mal) cruel, real, amarga
Sua falsa importância me enoja e sua existência não agrega em nada
Sanidade eu já sei nunca mais terei e posso me acostumar
O mundo é desprezo - Tudo isso gira em torno de uma merda sem sentido e eu odeio esse lugar