Sangue de Hornero
Comprei um cavalo xucro e caborteiro
Desses que ninguem consegue domar
Levei lá p'ra estancia que eu trabalhava
Para bem de mansinho começar domar
E nesta minha vida de peão domador
Não existe ventana pra me dominar
Depois que eu salto p'ra cima do maula
Me sinto bem taura e não posso frouxar
Refrão; peguei o meu laço e, fui p'ra mangueira
Que só desse jeito consegue parar
Mas vai ser agora cavalo teatino
Que mostro o destino que tu vai pegar
Peguei o bagual coloquei o bussal
Jogeui o chergão tambem a carona
Sentei o meu basto apertei o sinchão
Montei bem pachola no estilo da doma
Ouvi o jemido daquele bagual
Agora matungo se "bamo" a la cria
Nós vamos formar uma dupla parelha
Te deicho bem manso pro andar das guria
Refrão; agora o bagual está bem costeadito
Ficou bem domado e bom de andar
É sangue de hornero esse meu cavalo
Lá na "guajuvira" que eu fui buscar.