Trovejando Uma Vanera
Abre a cancela, parceiro, que eu vou cruzar,
com meu cavalo bem bagual que é um trovão,
Sou da fronteira e gosto de ginetear,
sou afamado, ginete bem gauchão,
pego o violão e canto toadas do Noel,
vou resgatando fortuna da tradição,
e quando pedem pra eu declamar uma poesia,
eu puxo um verso de Jayme Caetano Braun.
Meu verso é cheio do sotaque fronteiriço,
meu compromisso é com a cantiga galponeira,
eu sou cantor, sou domador e danço bem,
sou mestre guapo na pura lida campeira,
quando o gaiteiro abre o fole da cordeona,
abro a garganta, trovejando uma vaneira.
E as noitadas do mais puro nativismo,
canto o ativismo do Rio Grande bem bagual,
na minha terra não tem tudo, mas não falta,
nada que eu possa me sentir fenomenal,
eu so mais eu e ninguém me leva por diante, sou do Rio Grande, este é o meu ideal,
cada vanera que eu canto nas bailantas,
me (pra mim) representa que é um hino nacional.