Luz do Candeeiro
PAULO CESAR FRANCISCO PINHEIRO, WILSON DAS NEVES
Não mexe não, não bole não
Não pega não, não toca não
Não bota a mão
Que a reza até vira praga
Cutuca não, sacode não
Revira não, balança não
Não bota a mão
Que o candeeiro se apaga
Não mexe não, não bole não
Não pega não, não toca não
Não bota a mão
Que a reza até vira praga
Cutuca não, sacode não
Revira não, balança não
Não bota a mão
Que o candeeiro se apaga
É que essa luz alumia
A força desse terreiro
Porque ela tem como guia
A benção do padroeiro
Ela é que aponta o caminho
De quem não tem paradeiro.
Quem não mexer direitinho
Se apaga o candeeiro
É que essa luz, ela é benta
Clareia o chão por inteiro
Mesmo no dia que venta
De balançar o coqueiro
Mas se você tem descrença
Não põe a mão, companheiro
Que se ninguém deu licença
Se apaga o candeeiro