Canção Agalopada

Zé Ramalho

Foi um tempo que o tempo não esquece
Que os trovões eram roucos de se ouvir
Todo um céu começou a se abrir
Numa fenda de fogo que aparece

O poeta inicia sua prece
Ponteando em cordas e lamentos
Escrevendo seus novos mandamentos
Na fronteira de um mundo alucinado

Cavalgando em martelo agalopado
E viajando com loucos pensamentos
Cavalgando em martelo agalopado
E viajando com loucos pensamentos

Sete botas pisaram no telhado
Sete léguas comeram-se assim
Sete quedas de lava e de marfim
Sete copos de sangue derramado
Sete facas de fio amolado
Sete olhos atentos encerrei
Sete vezes eu me ajoelhei

Na presença de um ser iluminado
Como um cego fiquei tão ofuscado
Ante o brilho dos olhos que olhei

Pode ser que ninguém me compreenda
Quando digo que sou visionário
Pode a bíblia ser um dicionário
Pode tudo ser uma refazenda

Mas a mente talvez não me atenda
Se eu quiser novamente retornar
Para o mundo de leis me obrigar
A lutar pelo erro do engano
Eu prefiro um galope soberano
À loucura do mundo me entregar

Wissenswertes über das Lied Canção Agalopada von Zé Ramalho

Auf welchen Alben wurde das Lied “Canção Agalopada” von Zé Ramalho veröffentlicht?
Zé Ramalho hat das Lied auf den Alben “A Terceira Lâmina” im Jahr 1981, “Antologia Acústica - 20 Anos” im Jahr 1997, “20 Anos - Antologia Acústica” im Jahr 2002, “Ao Vivo” im Jahr 2005, “20 Super Sucessos” im Jahr 2005 und “Seleção Essencial” im Jahr 2010 veröffentlicht.

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