Gente Humilde [De Santo Amaro a Xerém (ao Vivo)]
Tem certos dias em que eu penso em minha gente
E sinto assim todo o meu peito se apertar
Porque parece que acontece de repente
Como um desejo de eu viver sem me notar
Igual a como quando eu passo no subúrbio
Eu muito bem, vindo de trem de algum lugar
E aí me dá como uma inveja dessa gente
Que segue em frente sem nem ter com quem contar
São casas simples com cadeiras na calçada
E na fachada escrito em cima "é um lar"
Pela varanda, flores tristes e baldias
Como a alegria que não tem onde encostar
Aí me dá uma tristeza no meu peito
Feito um despeito de eu não ter como lutar
E eu que não creio, peço a Deus por minha gente
Gente humilde, que vontade de chorar