Cuidei Que Tinha Morrido
Ao passar pelo ribeiro
Onde às vezes me
Debruço
Fitou-me alguém corpo
Inteiro
Dobrado como um
Soluço
Pupilas negras, tão lassas
Raízes iguais às minhas
Meu amor, quando me
Enlaças
Porventura as adivinhas
Meu amor, quando me
Enlaças
Que palidez nesse rosto
Sob o lençol do luar
Tal e qual quem, ao Sol
Posto
Estivera agonizar
Deram-me então por
Conselho
Tirar de mim o
Sentido
Mas depois vendo-me
Ao espelho
Cuidei que tinha morrido
Cuidei que tinha morrido