Jeito de Mato (part. Almir Sater)
De onde é que vem esses olhos tão tristes?
Vem da campina onde o Sol se deita
Do regalo de terra que o teu dorso ajeita
E dorme serena, no sereno sonha
De onde é que salta essa voz tão risonha?
Da chuva que teima, mas o céu rejeita
Do mato, do medo, da perda tristonha
Mas que o Sol resgata, arde e deleita
Há uma estrada de pedra que passa na fazenda
É teu destino, é tua senda, onde nascem tuas canções
As tempestades do tempo que marcam tua história
Fogo que queima na memória e acende os corações
Sim, dos teus pés na terra nascem flores
A tua voz macia aplaca as dores
E espalha cores vivas pelo ar
Ah, ah, ah
Sim, dos teus olhos saem cachoeiras
Sete lagoas, mel e brincadeiras
Espumas ondas, águas do teu mar
Ah, ah, ah
Êeh, laiá