Rapaz Comum [Ao Vivo]

Adivaldo Pereira Alves, Kleber Geraldo Lelis Simoes

Meu Deus, eu já falei que eu acho essa música mal assombrada, né mano
Atenção, atenção nesse piano dark
Atenção, atenção (sobrevivendo tio)
Atenção, atenção pessoal da manutenção (sobrevivendo)
Sobrevivendo
A lei da selva é assim
Predatória

A lei da selva é assim
Predatória (é um cara comum)
É um caso comum
1998 no disco
Sobrevivendo no Inferno (preserve a sua glória)

Parece que alguém está me carregando perto do chão
Parece um sonho, parece uma ilusão
A agonia, o desespero toma conta de mim
Algo no ar me diz que é muito ruim
Meu sangue quente, não sinto dor
A mão dormente não sente o próprio suor
Meu raciocínio fica meio devagar
Quem me fodeu? Eu 'to tentando me lembrar

Cresceu o movimento ao meu redor
Meu Deus eu não sei mais o que é pior
Mentir a vida toda pra si mesmo
Ou continuar e insistir no mesmo erro
Me lembro de um fulano (mata esse mano)
Será que errar dessa forma é humano?
Errar a vida inteira é muito fácil
Pra sobreviver aqui tem que ser mágico

Me lembro de várias coisas ao mesmo tempo
Como se eu estivesse perdendo tempo
Pode crê, a ironia da vida é foda
Que valor tem? Quanto valor tem?
Uma vida vale muito, vim saber agora
Deitado aqui e os manos na paz, tudo lá fora
Puxando ferro ou talvez batendo uma bola
Pode crer, deve 'tá 'mó lua da hora

Tem alguém me chamando, quem é?
Apertando minha mão, tem voz de mulher
O choro a faz engolir as palavras
Um lenço que enxuga meu suor enxuga suas próprias lágrimas
No rosto de uma mãe que reza baixinho
Que nunca me deixou faltar, ficar sozinho
Me ensinou o caminho desde criança
Minha infância, mais uma eu guardo na lembrança
Na esperança da periferia eu sou mais um

Agora é você rapaz, rapaz comum
A lei da selva é assim, predatória

Rapaz comum
A lei da selva é assim, predatória

Preserve a sua glória (rapaz comum)
A lei da selva é assim, predatória

Rapaz comum
A lei da selva é assim, predatória
Preserve a sua glória

Queria atrasar o meu relógio
Pra mim vale muito um minuto a mais de ódio
Mas me sinto fraco, indefeso, desprotegido
Eu vou mais alto, cusão pra te levar comigo

Vou ser um encosto na sua vida
Você criou um monstro sem cura, sem alternativa
Me enganar pra quê? Se o fim é virar pó
Fiquei muito pior, segura o seu BO

O preto aqui não tem dó
Mais uma vida desperdiçada e é só
Uma bala vale por uma vida do meu povo
No pente tem quinze, sempre há menos no morro, e então?
Quantos manos iguais a mim se foram?

Preto, preto, pobre, cuidado, socorro

Quê que pega aqui? Quê que acontece ali?
Vejo isso frequentemente, desde moleque
Quinze de idade já era o bastante, então
Treta no baile, então tiros de monte
Morte nem se fala
Eu vejo o cara agonizando
Chame a ambulância, chame a ambulância

Depois ficava sabendo na semana
Que dois já era, os preto sempre teve fama
No jornal, revista e TV se vê
Morte aqui é natural, é comum de se ver
Caralho, não quero ter que achar normal
Ver um mano meu coberto com jornal
É mal cotidiano suicida
(Quem tem) quem entra tem passagem só pra ida
Me diga me diga que adianto isso faz?
Me diga me diga: que vantagem isso traz?

Então, a fronteira entre o céu e o inferno 'tá na sua mão
Nove milímetros de ferro
Cusão otário que porra é você?
Olha no espelho e tenta entender
A arma é uma isca pra fisgar
Você não é polícia pra matar
É como uma bola de neve
Morre um, dois, três, quatro
Morre mais um em breve
Sinto na pele, me vejo entrando em cena
Tomando tiro igual filme de cinema

Wissenswertes über das Lied Rapaz Comum [Ao Vivo] von Racionais MC's

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Das Lied “Rapaz Comum [Ao Vivo]” von Racionais MC's wurde von Adivaldo Pereira Alves, Kleber Geraldo Lelis Simoes komponiert.

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