A Ópera Dos Malandros
Rei da ginga, chama o zé…
Que o povo vem no axé
Nessa corrente de paz da academia
Laroyê… laroyê
Firma teu ponto na fé que eu quero ver
Chegou… a nata da malandragem chegou
Abrindo os caminhos do meu salgueiro
O rei da noite, o barão da ralé
Já chamou quem tem fé
Pra sambar no terreiro
De terno de linho e chapéu panamá
Vermelho e branco no coração
Pelas calçadas a sonhar
Brilha no palco da ilusão
Em cada esquina a paixão de uma mulher
É boemia que o malandro quer
Ê meu camarada…pela madrugada
Baila o mestre sala…gira o morro inteiro
A mais bela flor…é pra ser amada
Samba de malandro é no meu salgueiro
Jamais eu vou deixar de acreditar
O mundo me ensinou
No jogo da vida eu sou vencedor
Sou filho da sorte…quem vai duvidar?
Na filosofia da mesa de bar
A luz que me ilumina é o luar
Que me faz recordar
Foi… das raízes de gente bamba
Que floresceu a poesia do meu samba